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Entendendo as Pessoas Altamente Sensíveis

O que é uma Pessoa Altamente Sensível (PAS)?

A Alta Sensibilidade não é uma doença, um distúrbio ou uma fraqueza. É um traço de personalidade, estudado pela psicóloga Elaine Aron, que afeta cerca de 15-20% da população. PAS processam o mundo de forma mais intensa: sons, luzes, emoções alheias e até sutilezas do ambiente são absorvidos com uma profundidade que pode ser tanto um dom quanto um desafio.


Características comuns das PAS:

  • Profundidade de processamento: Refletem intensamente sobre tudo, desde uma conversa até um filme.

  • Sobrecarga sensorial: Lugares barulhentos, multidões ou estímulos visuais fortes podem esgotá-las.

  • Empatia aguçada: Sentem as emoções dos outros como se fossem próprias, muitas vezes carregando o peso do mundo.

  • Sensibilidade a críticas: Podem internalizar julgamentos de forma mais dolorosa.

  • Apreciação pela arte e natureza: Encontram beleza em detalhes que passam despercebidos para muitos.


"Por que tudo me afeta tanto?" – Os Desafios das PAS

Viver em um mundo que valoriza a produtividade, a velocidade e a racionalidade pode ser exaustivo para quem sente o mundo em alta definição. Muitas PAS crescem ouvindo frases como:

  • "Você é muito dramático(a)."

  • "Por que leva tudo tão a sério?"

  • "Precisa ser menos sensível."

Essas mensagens, somadas à sobrecarga sensorial, podem levar à autocrítica excessiva, ansiedade, ou até à desconexão consigo mesmo. É aqui que a terapia se torna uma aliada poderosa.


Como a Terapia Ajuda as PAS a Florescerem

A terapia não busca "curar" a sensibilidade, mas transformá-la em força. Um bom terapeuta ajuda a:

  1. Entender o traço da alta sensibilidade

    • Validar a experiência da PAS, mostrando que ela não é "defeituosa", mas dotada de um sistema nervoso único.

  2. Gerenciar a sobrecarga emocional e sensorial

    • Técnicas como grounding (enraizamento) ou mindfulness ensinam a regular estímulos externos.

  3. Estabelecer limites saudáveis

    • Aprender a dizer "não" sem culpa e proteger a energia vital em relacionamentos e ambientes de trabalho.

  4. Lidar com a empatia excessiva

    • Diferenciar emoções próprias das alheias, evitando a "absorção emocional".

  5. Transformar a sensibilidade em criatividade

    • Canalizar a profundidade emocional para arte, escrita, ou projetos que deem sentido à sua visão de mundo.



Um Recado para as PAS que Estão Lendo Isso:

Você não está sozinho(a). Sua sensibilidade é um superpoder disfarçado: ela permite ver o mundo com cores que outros nem imaginam. A terapia pode ser o espaço onde você aprende a usar lentes de proteção sem apagar seu brilho.


"Não reduza sua sensibilidade.Ajuste o mundo para que ele não a reduza você."— Adaptado de Elaine Aron

Para ir além:Se você se identificou, experimente escrever um diário sobre suas percepções ou crie rituais de "descompressão" (um banho quente, uma xícara de chá em silêncio).


| E se precisar, busque um terapeuta que entenda o traço da alta sensibilidade.

O mundo precisa da sua profundidade. 🌿






 
 
 

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